Na medida em que este blog se propõe a elucidar e debater temas, o objeto constitutivo de seus textos serão argumentos e suas conclusões. Dessa forma, é necessário elucidar em quais bases devemos avaliar tais argumentos e conclusões. A saber, quais deverão ser julgados como procedentes no objetivo de entender melhor um determinado tema para que se possa usar, não necessariamente, esse conhecimento para aprimorar nossas condições. É dentro desse contexto que surge a necessidade de entendermos melhor o que é lógica e como ela opera.
A lógica, em sua concepção mais abrangente (e menos passível a controvérsias, creio eu) trata de argumentos e inferências. Estes consistem em atos para derivar conclusões de daquilo que se conhece e fazem parte da lógica formal. Aqueles são tentativas de convencer outros sobre uma conclusão como verdadeira (aquilo que é) e fazem parte da lógica informal. O grande objetivo da lógica é distinguir as inferências e os argumentos certos daqueles que são errados. Em outras palavras, distinguir as conclusões que avancem nosso conhecimento daquelas que não o fazem.
Tendo isso em mente, é importante ressaltar que a lógica não depende, necessariamente, do valor de verdade de proposições (verdadeiras ou falsas) para funcionar. Nesse sentido, ela é vazia. A lógica distingue aqueles raciocínios que procedem daqueles que não procedem independentemente destes serem apoiados ou não em premissas verdadeiras. Dessa forma, se uma inferência é tida como procedente (válida) devemos nos perguntar se suas premissas são verdadeiras e se elas os forem, devemos entender a conclusão dessa inferência ou desse argumento como também verdadeira. Contudo, se tal argumento ou inferência não for procedente (inválido) ele não pode ser usado para apoiar uma conclusão, a despeito do valor de verdade das premissas e até mesmo da conclusão!
Um importante objeto de estudo da lógica são as falácias. Falácias são argumentos falhos do ponto de vista lógico, tornando os primeiros inválidos. Podem ser falácias formais, se dizem respeito a inferências dedutivas (a negação do antecedente, por exemplo), ou informais, se dizem respeito a falhas não na estrutura do argumento mas na forma de argumentar (a falácia ad verecundiam, por exemplo).
Concluindo, a lógica é uma ferramenta. Como ferramenta, ela não carrega consigo nenhum objetivo, apenas facilita ou possibilita a consecução de uma meta. Ademais, é uma ferramenta se usada corretamente, ajuda tal consecução; mas se usada inapropriadamente, necessariamente inviabiliza tal consecução.
A lógica, em sua concepção mais abrangente (e menos passível a controvérsias, creio eu) trata de argumentos e inferências. Estes consistem em atos para derivar conclusões de daquilo que se conhece e fazem parte da lógica formal. Aqueles são tentativas de convencer outros sobre uma conclusão como verdadeira (aquilo que é) e fazem parte da lógica informal. O grande objetivo da lógica é distinguir as inferências e os argumentos certos daqueles que são errados. Em outras palavras, distinguir as conclusões que avancem nosso conhecimento daquelas que não o fazem.
Tendo isso em mente, é importante ressaltar que a lógica não depende, necessariamente, do valor de verdade de proposições (verdadeiras ou falsas) para funcionar. Nesse sentido, ela é vazia. A lógica distingue aqueles raciocínios que procedem daqueles que não procedem independentemente destes serem apoiados ou não em premissas verdadeiras. Dessa forma, se uma inferência é tida como procedente (válida) devemos nos perguntar se suas premissas são verdadeiras e se elas os forem, devemos entender a conclusão dessa inferência ou desse argumento como também verdadeira. Contudo, se tal argumento ou inferência não for procedente (inválido) ele não pode ser usado para apoiar uma conclusão, a despeito do valor de verdade das premissas e até mesmo da conclusão!
Um importante objeto de estudo da lógica são as falácias. Falácias são argumentos falhos do ponto de vista lógico, tornando os primeiros inválidos. Podem ser falácias formais, se dizem respeito a inferências dedutivas (a negação do antecedente, por exemplo), ou informais, se dizem respeito a falhas não na estrutura do argumento mas na forma de argumentar (a falácia ad verecundiam, por exemplo).
Concluindo, a lógica é uma ferramenta. Como ferramenta, ela não carrega consigo nenhum objetivo, apenas facilita ou possibilita a consecução de uma meta. Ademais, é uma ferramenta se usada corretamente, ajuda tal consecução; mas se usada inapropriadamente, necessariamente inviabiliza tal consecução.
4 comentários:
Embora vc não afirme isso, vc acredita que a lógica é a única ferramenta de análise válida?
Se sim, pq?
Se não, quais as outras?
Um abraço!
A questão, Sonja, é: a lógica é a única ferramenta de análise do quê?
Da validade de um argumento, sim, ela é a única ferramenta. Apenas a lógica pode nos ajudar a descobrir se uma conclusão se segue das premissas.
Mas podemos também analisar um argumento por outros ângulos; podemos, por exemplo, ao invés de nos preocuparmos com a estrutura do raciocínio, tentar descobrir se as premissas que usam são verdadeiras ou falsas. Aqui já não é mais a lógica que usamos primariamente (embora ela também cumpra seu papel), e sim principalmente o conhecimento que temos da realidade das coisas.
A lógica é uma ferramenta que nos ajuda a conhecer e a entender a realidade. Não é a única; todos nós usamos, em diversas ocasiões, nosso "bom-senso", acreditamos no que uma autoridade nos ensina, ou às vezes até mesmo damos ouvido ao que nossos sentimentos indicam; mas mesmo esses procedimentos, para que sejam bem-utilizados, têm que estar acompanhados da lógica.
A lógica não é a única ferramenta para conhecer e entender a verdade, mas é uma ferramenta sem a qual não é possível conhecer a verdade de forma alguma.
Costumamos dar o nome mais abrangente de "razão" ao conjunto de ferramentas intelectuais que, baseadas ou ao menos acompanhadas da lógica, usamos para entender o mundo.
Não basta usar a lógica para conhecer ou entender algo; ela por si mesma não nos dá informação alguma. Mas nos auxilia, em todas as áreas do saber, a pensarmos racionalmente, e portanto chegar à verdade.
Tentar opôr alguma forma de saber à lógica, ou à razão, é um erro. Todo nosso conhecimento, ainda que não derive diretamente da razão, não deve ser logicamente impossível; se for, então isso é uma garantia de que não é verdade.
Hm, para resumir em algo coerente o emaranhado de palavras que eu escrevi acima:
A lógica é necessária para qualquer análise que fizermos da realidade, sob qualquer aspecto. No entanto, ela não é a única ferramenta, e em geral não é a mais importante.
Ela é a mais importante quando avaliamos a validade de argumentos, que é uma das principais atividades neste blog. Afinal de contas, cada artigo nosso costuma ser um pequeno argumento (ou conjunto de argumentos), e portanto duas coisas são importantes na análise deles: a discussão da veracidade das premissas e a discussão da validade dos raciocínios.
A lógica não é má, não é opressiva, não é reducionista e não exclui outras ferramentas intelectuais. Ela é necessária para qualquer pensamento embasado; qualquer pensamento que mereça ser acreditado.
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