Noto que, na discussão política e econômica, procura-se exaltar um dos dois supostos valores contrários: o indivíduo ou a coletividade.
Os defensores do livre mercado, em geral, valorizam o indivíduo: a pessoa humana com todas as suas peculiaridades, que não deve nunca ser sacrificada tendo em vista os objetivos de uma “humanidade” coletiva e impessoal. A sociedade, afinal de contas, nada mais é do que o conjunto dos indivíduos.
Já os socialistas e intervencionistas em geral frisam o valor da coletividade. O homens não vivem isolados, cada qual no seu canto, mas em sociedade; a felicidade humana só é possível num contexto social; além disso, cada indivíduo é em larga medida formado pelos valores, cultura e formas de relacionamento de sua sociedade.
Ninguém pode negar que há muito de bom na visão de ambos os lados. Mas há também muito a ser criticado; e, com efeito, cada lado tece críticas ao outro: os partidários do indivíduo acusam os coletivistas de não se importarem com os seres humanos concretos, e de os tratarem como meros números ou instrumentos para os objetivos dos governantes. Os partidários da coletividade, por sua vez, acusam os individualistas de ignorarem a importância do ordenamento social, de nutrirem uma visão egoísta de como deve ser a vida humana e de simplesmente desprezar os mais pobres.
Não se deve escolher entre indivíduo e sociedade. A sociedade é formada de indivíduos, que por sua vez formam-se no interior de uma sociedade; um depende do outro. Se constatarmos que os fins de ambos são inconciliáveis, não haverá forma satisfatória de organização social. Felizmente, a oposição entre indivíduo e coletividade não é necessária, e existe uma instituição social que os harmoniza.
Essa instituição é o mercado. No mercado, os interesses de cada indivíduo e da sociedade como um todo se harmonizam perfeitamente. Um indivíduo quer atingir seus objetivos, que exigirão o trabalho e a prestação de serviços de outras pessoas. Para conseguir o que quer, esse indivíduo deverá prover algo que seja valorizado pelo resto da sociedade.
O único jeito de ganhar dinheiro no mercado é satisfazendo as necessidades e desejos dos outros membros da sociedade. Mesmo o mais egoísta dos homens, no mercado, se vê obrigado a servir ao próximo para satisfazer seus próprios interesses mesquinhos.
O grande empresário lucra apenas porque ajuda os outros membros da sociedade; e no momento em que seus serviços deixarem de satisfazer os desejos da sociedade, ele perderá sua fonte de renda. Querer punir os grandes empresários para beneficiar a “coletividade” tem como resultado prejudicar não apenas o empresário, mas também a sociedade que se beneficia de seus serviços.
Todo indivíduo é escravo e senhor dos outros. Enquanto produtor de bens e serviços, é escravo; sua fortuna depende dos caprichos dos consumidores, ou seja, dos desejos da sociedade. Enquanto consumidor de bens e serviços, é senhor. E seu poder de consumo depende exclusivamente de sua capacidade de servir à sociedade enquanto produtor.
É apenas no âmbito da ação governamental, do planejamento central, no qual se verifica a oposição entre interesses privados e interesses públicos. O mercado é o meio pelo qual (e único meio no qual) esses interesses são harmonizados de forma que uns existam em função dos outros. A defesa do livre mercado não prioriza o indivíduo e nem faz pouco da coletividade ou da sociedade; muito pelo contrário, valoriza ambos, pois percebe que se reforçam mutuamente.
Os defensores do livre mercado, em geral, valorizam o indivíduo: a pessoa humana com todas as suas peculiaridades, que não deve nunca ser sacrificada tendo em vista os objetivos de uma “humanidade” coletiva e impessoal. A sociedade, afinal de contas, nada mais é do que o conjunto dos indivíduos.
Já os socialistas e intervencionistas em geral frisam o valor da coletividade. O homens não vivem isolados, cada qual no seu canto, mas em sociedade; a felicidade humana só é possível num contexto social; além disso, cada indivíduo é em larga medida formado pelos valores, cultura e formas de relacionamento de sua sociedade.
Ninguém pode negar que há muito de bom na visão de ambos os lados. Mas há também muito a ser criticado; e, com efeito, cada lado tece críticas ao outro: os partidários do indivíduo acusam os coletivistas de não se importarem com os seres humanos concretos, e de os tratarem como meros números ou instrumentos para os objetivos dos governantes. Os partidários da coletividade, por sua vez, acusam os individualistas de ignorarem a importância do ordenamento social, de nutrirem uma visão egoísta de como deve ser a vida humana e de simplesmente desprezar os mais pobres.
Não se deve escolher entre indivíduo e sociedade. A sociedade é formada de indivíduos, que por sua vez formam-se no interior de uma sociedade; um depende do outro. Se constatarmos que os fins de ambos são inconciliáveis, não haverá forma satisfatória de organização social. Felizmente, a oposição entre indivíduo e coletividade não é necessária, e existe uma instituição social que os harmoniza.
Essa instituição é o mercado. No mercado, os interesses de cada indivíduo e da sociedade como um todo se harmonizam perfeitamente. Um indivíduo quer atingir seus objetivos, que exigirão o trabalho e a prestação de serviços de outras pessoas. Para conseguir o que quer, esse indivíduo deverá prover algo que seja valorizado pelo resto da sociedade.
O único jeito de ganhar dinheiro no mercado é satisfazendo as necessidades e desejos dos outros membros da sociedade. Mesmo o mais egoísta dos homens, no mercado, se vê obrigado a servir ao próximo para satisfazer seus próprios interesses mesquinhos.
O grande empresário lucra apenas porque ajuda os outros membros da sociedade; e no momento em que seus serviços deixarem de satisfazer os desejos da sociedade, ele perderá sua fonte de renda. Querer punir os grandes empresários para beneficiar a “coletividade” tem como resultado prejudicar não apenas o empresário, mas também a sociedade que se beneficia de seus serviços.
Todo indivíduo é escravo e senhor dos outros. Enquanto produtor de bens e serviços, é escravo; sua fortuna depende dos caprichos dos consumidores, ou seja, dos desejos da sociedade. Enquanto consumidor de bens e serviços, é senhor. E seu poder de consumo depende exclusivamente de sua capacidade de servir à sociedade enquanto produtor.
É apenas no âmbito da ação governamental, do planejamento central, no qual se verifica a oposição entre interesses privados e interesses públicos. O mercado é o meio pelo qual (e único meio no qual) esses interesses são harmonizados de forma que uns existam em função dos outros. A defesa do livre mercado não prioriza o indivíduo e nem faz pouco da coletividade ou da sociedade; muito pelo contrário, valoriza ambos, pois percebe que se reforçam mutuamente.
3 comentários:
Joel,
A mensagem é clara: Mercado ou barbárie.
Dois pontos que gostaria de mencionar:
1. O individualismo segundo o Liberalismo Clássico não deve ser visto como o é descrito pelos anti-Liberais. O individualismo deve ser visto não como egoísmo ou egocêntrismo, mas sim como uma forma de desenvolvimento pessoal de de cada indivíduo, de modo a expandir e melhorar as suas capacidades individuais.
2. Não se pode esquecer nunca que o colectivismo é sempre necessário para nós indivíduos. Aliás, é na nossa força colectiva que temos a humanidade tem a sua força. No entanto, nunca se pode esquecer que o indivíduo deve ser sempre que possível salvaguardado e nem o colectivo se pode sobrepôr a esta regra.
Excelente!!!! Muito bom o link do mercado como harmonizador das diferencas entre individuos e coletividade.
Adolfo
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