Com freqüência associa-se capitalismo, ou economia de mercado, a racismo, sexismo, etc. Quem diz isso não percebe que no mercado o incentivo é na direção de erradicar discriminações e preconceitos sem base.
Todos os salários tendem para o valor real da produtividade dos trabalhadores, ou seja, daquele aumento de receita que o trabalhador pode promover numa empresa se for contratado por ela. Provar isso é simples: se a produtividade de um trabalhador para uma empresa for, digamos, 100 Reais, essa empresa estará disposta a contratá-lo por 90 (paga 90, recebe 100). E se esse trabalhador for contratado por 90, uma outra empresa similar à primeira poderá oferecer um salário de 95 por ele, e sair ganhando. A competição das empresas pelos trabalhadores (o recurso mais escasso do mercado, sem o qual nenhum outro pode ser utilizado) eleva seu salário até sua produtividade.
Se uma empresa se recusa a contratar mulheres, isso diminui a demanda por trabalhadoras no mercado, o que permite que outras empresas contratem-nas por salários mais baixos. A empresa que pratica essa política sexista perde oportunidades de lucro e beneficia suas concorrentes; contrata homens menos competentes e deixa passar mulheres mais preparadas. Quanto mais empresas agirem assim, maior a oportunidade de lucro ao se contratar mulheres. Se todas aderirem a essa política (por uma crença errônea de que a produtividade feminina é inferior), o primeiro empreendedor a agir de forma diferente lucrará muito, ao mesmo tempo em que beneficia todas as mulheres que procuram empregos. As outras empresas, pagando salários altos por homens pouco eficientes, ou mudam sua política de contratação ou terão prejuízo.
Se um trabalhador negro e um branco têm a mesma produtividade, então o salário deles no mercado tenderá a ser igual. Uma firma que, por puro racismo, ofereça salário inferior aos negros estará prejudicando a si mesma: as empresas que não praticam o racismo conseguirão contratar os melhores trabalhadores negros, oferecendo salários mais altos do que a racista, que ficará com os piores trabalhadores.
O preconceito impede a melhor satisfação das demandas dos consumidores. Assim, diminui o lucro da empresa. A empresa que deixa teorias falsas guiarem sua seleção e remuneração de funcionários satisfaz pior as necessidades dos consumidores, e, portanto, lucra menos do que aquela para a qual a satisfação dos consumidores vem em primeiro lugar e não se deixa guiar pelo preconceito.
Isso não quer dizer que o mercado incentive a equalização de todos os membros da sociedade. O que ele faz é punir as falsas atribuições de diferença. Quanto às reais diferenças de produtividade, o incentivo é de percebê-las o quanto antes e da forma mais precisa possível. Se um empreendedor descobrir, antes de todos os concorrentes, que os ruivos são muito melhores em prestar um dado serviço, ele pode oferecer aos ruivos um salário um pouco acima do que se paga comumente aos outros e, assim, sair ganhando. Mas é claro que, conforme todos percebam a vantagem de se contratar ruivos, o salário deles tenderá a subir até o ponto em que o salário deles reflita sua real produtividade, acabando com as oportunidades de lucro.
Assim, fica claro que o mercado, ao punir as falsas percepções e premiar as verdadeiras, tem um papel importantíssimo no combate de todas as formas infundadas de discriminação.
Todos os salários tendem para o valor real da produtividade dos trabalhadores, ou seja, daquele aumento de receita que o trabalhador pode promover numa empresa se for contratado por ela. Provar isso é simples: se a produtividade de um trabalhador para uma empresa for, digamos, 100 Reais, essa empresa estará disposta a contratá-lo por 90 (paga 90, recebe 100). E se esse trabalhador for contratado por 90, uma outra empresa similar à primeira poderá oferecer um salário de 95 por ele, e sair ganhando. A competição das empresas pelos trabalhadores (o recurso mais escasso do mercado, sem o qual nenhum outro pode ser utilizado) eleva seu salário até sua produtividade.
Se uma empresa se recusa a contratar mulheres, isso diminui a demanda por trabalhadoras no mercado, o que permite que outras empresas contratem-nas por salários mais baixos. A empresa que pratica essa política sexista perde oportunidades de lucro e beneficia suas concorrentes; contrata homens menos competentes e deixa passar mulheres mais preparadas. Quanto mais empresas agirem assim, maior a oportunidade de lucro ao se contratar mulheres. Se todas aderirem a essa política (por uma crença errônea de que a produtividade feminina é inferior), o primeiro empreendedor a agir de forma diferente lucrará muito, ao mesmo tempo em que beneficia todas as mulheres que procuram empregos. As outras empresas, pagando salários altos por homens pouco eficientes, ou mudam sua política de contratação ou terão prejuízo.
Se um trabalhador negro e um branco têm a mesma produtividade, então o salário deles no mercado tenderá a ser igual. Uma firma que, por puro racismo, ofereça salário inferior aos negros estará prejudicando a si mesma: as empresas que não praticam o racismo conseguirão contratar os melhores trabalhadores negros, oferecendo salários mais altos do que a racista, que ficará com os piores trabalhadores.
O preconceito impede a melhor satisfação das demandas dos consumidores. Assim, diminui o lucro da empresa. A empresa que deixa teorias falsas guiarem sua seleção e remuneração de funcionários satisfaz pior as necessidades dos consumidores, e, portanto, lucra menos do que aquela para a qual a satisfação dos consumidores vem em primeiro lugar e não se deixa guiar pelo preconceito.
Isso não quer dizer que o mercado incentive a equalização de todos os membros da sociedade. O que ele faz é punir as falsas atribuições de diferença. Quanto às reais diferenças de produtividade, o incentivo é de percebê-las o quanto antes e da forma mais precisa possível. Se um empreendedor descobrir, antes de todos os concorrentes, que os ruivos são muito melhores em prestar um dado serviço, ele pode oferecer aos ruivos um salário um pouco acima do que se paga comumente aos outros e, assim, sair ganhando. Mas é claro que, conforme todos percebam a vantagem de se contratar ruivos, o salário deles tenderá a subir até o ponto em que o salário deles reflita sua real produtividade, acabando com as oportunidades de lucro.
Assim, fica claro que o mercado, ao punir as falsas percepções e premiar as verdadeiras, tem um papel importantíssimo no combate de todas as formas infundadas de discriminação.
3 comentários:
Joel, gostei e concordo com o seu artigo .
Espera aí... isso quer dizer que se estatisticamente o salário de negros e mulheres é menor, isso é prova que a produtividade deles é inferior?
Não prova.
O que prova é que, se existe tal desigualdade de salários e ela não é fruto de diferença de produtividade, então qualquer empreendedor que souber dela pode explorá-la para lucrar mais.
Alternativamente, seria possível imaginar que brancos e negros tenham produtividades diferentes. Muitos motivos para essa hipótese poderiam ser levantados: diferença de educação, por exemplo.
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